Rompimento de barragem em Brumadinho completa um ano
Neste sábado, 25/01/2020, completa-se um ano da tragédia do rompimento da barragem da mineradora Vale, no Córrego do Feijão, em Brumadinho. Ao todo, 270 pessoas foram soterradas, sendo que o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais ainda procura por 11 delas. A tragédia marcou não só a história de Minas Gerais, como também do Brasil.
A população da cidade, que faz parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, convive com a dor da perda de parentes e amigos e com o impacto no seu trabalho e modo de vida. Desde o primeiro dia a Rede Minas esteve presente na cobertura do rompimento e na busca por informações e esclarecimentos com especialistas em diferentes áreas que foram afetadas.
O ROMPIMENTO
A notícia chegou no início da tarde da sexta-feira, dia 25. A princípio não se sabia então o número de mortos mas já se imaginava que tinha sido uma grande tragédia tendo atingido também a área administrativa da empresa. A comparação com os outros rompimentos recentes, como o de Mariana, em 2015, era inevitável. Uma reportagem do Jornal Minas apontava, no mesmo ano, a preocupação que a população local tinha com a barragem.
A QUESTÃO HUMANA
Uma tragédia dessa proporção muda a vida das pessoas de uma forma difícil até de calcular. Famílias que foram destruídas, trabalhos que já não existem mais, além do impacto na relação das pessoas com o local onde vivem e na história construída por cada um ao longo de anos. Como lidar com os traumas? Como olhar para frente e garantir um futuro? Essas são algumas das questões que não encontram respostas totalmente claras até hoje.
A QUESTÃO AMBIENTAL
Sustento, exploração e coexistência: a delicada relação entre o homem e a natureza é um dos principais pontos colocados por um acontecimento como esse. A mineração é uma das principais atividades econômicas de Minas Gerais e implica em consideráveis alterações e interferências ambientais. Rios, plantas e animais estão na linha de frente e com a vida em risco.
TRABALHO E RECUPERAÇÃO
Logo nos primeiros momentos após o rompimento da barragem já foram iniciados os trabalhos de controle e mitigação de danos. A busca por sobreviventes, o resgate de animais e a avaliação de novos riscos. O trabalho do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, a Defesa Civil, a Polícia Militar, os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica: foram diversos os braços envolvidos no salvamento, proteção e apoio aos atingidos.
LEGISLAÇÃO E POLÍTICA
No Brasil acontece, em média, mais de três acidentes com barragens a cada ano, entre casos maiores (como o de Brumadinho) e menores. Os números são da Agência Nacional de Águas (ANA) e apresentados em um relatório desde 2011. Bento Rodrigues, Miraí, Congonhas, Itabirito são alguns dos locais que já viveram ou vivem o medo de um rompimento. A pressão política por legislação e fiscalização é uma das armas que a população tem para mudar essa realidade.
OUTRAS BARRAGENS
Aprender com as tragédias para evitar novas é o que a população espera das empresas e do poder público. Atualmente, Itabirito, Macacos, Rio Acima, Congonhas, Itabira são alguns dos municípios que possuem barragens com algum nível de alerta, de acordo com relatório divulgado em novembro de 2019. A equipe do jornalismo da Rede Minas esteve em algumas dessas cidades para ouvir a preocupação dos moradores.
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