Religiosidade, tradição e celebração: as origens e as histórias da festa junina

Crédito: Belotur

De acordo com historiadores, a festa junina surgiu na Europa, no século 16, para marcar a passagem da primavera para o verão. Considerada uma festa pagã, ela era realizada para afastar os maus espíritos e toda praga que pudesse comprometer a colheita. No Brasil, os festejos juninos estão entre os eventos mais populares que podem ser comemorados de diversas formas. Além de serem uma das expressões culturais com diferentes tradições que movimentam o turismo, a cultura e a economia da região. Acontece entre os meses de junho e julho.

A festa junina uma celebração enraizada na cultura brasileira que combina tradição europeia, indígena e africana. É alegre e colorida, repleta de comidas típicas, danças, músicas, brincadeiras e jogos. Tem um apelo social, resgata a cultura caipira e proporciona momentos de diversão, confraternização e conexão. A festa junina é a segunda paixão brasileira, ficando atrás somente do carnaval e nos faz apreciar a rica diversidade do país.

Curiosidades juninas

A celebração é conhecida pelos seus diversos símbolos que possuem histórias curiosas por trás deles. Confira!

  • Quadrilha – É a dança mais característica das festas juninas. É feita por pares que precisam estar caracterizados. É necessário uma pessoa para animar e gritar os passos, os movimentos e a coreografia. É uma representação divertida dos casamentos tradicionais e possui algumas particularidades de expressões, como: “Tu”, “Olha a chuva!”.“Anarriê”, “Balancê”, É mentira!”.
  • Trajes – Aqui no Brasil, as vestes da quadrilha são confeccionadas com tecidos coloridos e extravagantes, principalmente com chita.
  • Comidas e bebidas típicas – Os sabores do arraial são tantos e de fato é uma perdição de tantas guloseimas: canjica, pé de moleque, pamonha, milho cozido, quentão e pipoca. Representam também o agradecimento pela colheita, principalmente de milho e são fundamentais na festa junina.
  • Os santos juninos – A religiosidade que envolve o período também faz parte da identidade junina, que são os santos (Santo Antônio, São João e São Pedro), reverenciados pela população como um todo e por seus devotos com fogueiras, fogos e muito forró.
  • Fogueira – A festa realizada em volta da fogueira serve para agradecer a fartura das colheitas. Como é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu entorno, criando um ambiente festivo e acolhedor. Outro fato curioso é que cada santo tem uma fogueira: a quadrada de Santo Antônio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro.
  • Brincadeiras -São práticas às quais os convidados são submetidos, como: pau-de-sebo, lavagem dos santos, correio elegante, casamento caipira, pescaria, entre outros.
  • Decoração – É uma atração à parte, geralmente marcada por bandeirinhas coloridas feitas de papel ou tecido colorido que ficam pendurados por todo espaço da festa, tornando-a alegre e divertida. Além disso, tem balões, chapéu de palha, espantalhos e elementos rústicos que também são utilizados para fortalecer o clima caipira e rural da festa.

Saiba mais das origens da Festa Junina no Minuto Se Liga. Quem fala sobre o assunto é Rafael Eduardo, diretor artístico do Núcleo Mineiro de Cultura Feijão Queimado.

* Texto produzido pela equipe do Se Liga na Educação

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