Cine Barranco é destaque do Faixa de Cinema a partir desta sexta (24)

Filmes selecionados pelo coletivo do norte de Minas Gerais são exibidos em duas edições do programa

Barro Santo (Foto: Pê Coelho) e Eu sei que eu vim de lá (Foto: Divulgação)

O sertão de Minas Gerais é cenário de diversos filmes e também berço de muitos profissionais envolvidos nessas produções. Pensando nisso, um coletivo foi formado para estimular a produção audiovisual e a exibição ao público na região. É o Cine Barranco, que agora ganha uma vitrine na TV. O Faixa de Cinema dedica duas edições especiais ao cinema do sertão. Nos dias 24 e 31 de março, às 23h, o público vai poder conferir curtas-metragens e entrevistas que mostram a sétima arte da região norte, nordeste e Vale do Jequitinhonha.

Januária, Montes Claros e Araçuaí abrem a sessão de estreia, nesta sexta (24), com os documentários “Eu sei que eu vim de lá“, Gleydson Mota, Karla Vaniely e Nan Ferrési; “Francisca”, de Daniel Vilas Boas; e “Barro santo – Mão e fé”, de Pê Coelho. Os municípios são cenários dos filmes que trazem, no enredo, as comunidades quilombolas, o passado na zona rural e o artesanato em barro.

Sobre os filmes

“A questão da memória é muito importante mesmo que a gente não vivencie aquilo que passou, mas a gente saber de onde veio. Eu não vivo mais daquela forma, mas eu sei que vim de lá”. Assim a moradora de um dos quilombos de Januária, no norte de Minas Gerais, fala sobre a importância das tradições. Ela foi uma das pessoas retratadas no documentário “Eu sei que vim de lá”, que mostra a identidade das comunidades quilombolas do município a partir da vivência do povo. O curta retrata a população que se empenha em manter a memória em meio a desafios, como o preconceito.

A memória como caminho para manter o passado vivo também é destaque em “Francisca”, de Daniel Vilas Boas. No filme, o diretor traz um recorte da própria vida para a frente das câmeras. A avó de Daniel, que dá nome ao curta, compartilha as recordações do passado na roça, as vivências no campo e a sua relação com as irmãs e o marido já falecido. Na obra, o público confere imagens antigas e novas de Montes Claros.

A tradição do artesanato em barro, no Vale Jequitinhonha, é patrimônio imaterial de Minas Gerais. As mãos que trabalham com essa matéria-prima são apresentadas em “Barro Santo”. A série documental se propõe a registrar e investigar o cotidiano dos artesãos e sua relação com o barro, que vai da fonte de renda à afetividade e fé. O Faixa de Cinema exibe o episódio piloto, fruto do projeto Meninos de Araçuaí, com direção de Pê Coelho.

Sertão do cerrado na telona

Para temperar o programa, tem entrevista com a produtora e curadora do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema, Simone Veloso. Idealizado pelo Coletivo Ecos do Caminho, a mostra celebra o cinema no sertão-cerrado, sua diversidade, tradições, povos e lutas. Em um bate-papo com o jornalista Samuel Guimarães, Simone fala sobre o mercado artístico e cinematográfico da região.

ASSISTA

O Faixa de Cinema vai ao ar nesta sexta (24), às 23h, pela TV, aqui no site e na plataforma de streaming EMCplay.

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