Conversações recebe o autor indígena Daniel Munduruku nesta quarta (25)
O escritor indígena Daniel Munduruku é o convidado do Conversações, que vai ao ar nesta quarta (25). Nascido no Norte do Brasil, o ativista falará sobre sua vida e obra, sempre marcadas pela região Amazônica. Autor de 56 livros publicados por diversas editoras no Brasil e no exterior, sendo a maioria deles classificados como paradidáticos e infanto-juvenil, neste episódio, o autor destaca o “Memórias de índio: uma quase autobiografia”, que é um misto de pensamentos, vivências, aprendizados, sentimentos e conflitos vividos ou observados.
Em um bate-papo com o jornalista Cláudio Henrique, o escritor retrata, também, as lembranças da infância na aldeia, as brincadeiras no quintal, o encantamento com os bichos e, sobretudo, a relação apaixonada com o avô (“Vô Apolinário”), com quem aprendeu muito da história do seu povo, do respeito ao meio ambiente e da relação com o território.
Origem da história
Atualmente, com uma população de aproximadamente 15 mil indígenas, os Munduruku dominavam culturalmente a região do Vale do Tapajós, que durante o século XIX era conhecida como Mundurukânia. Séculos à frente, suas batalhas ainda estão presentes, em especial para garantir a integridade de seu território, ameaçado pelas pressões das atividades ilegais dos garimpos de ouro, pelos projetos hidrelétricos e a construção de uma grande hidrovia no Tapajós. O povo pertence à família linguística Munduruku, do tronco Tupi e está presente em três estados: Amazonas, Pará e norte do Mato Grosso.
Talentos múltiplos
Indígena, pai, marido, educador e ativista, Daniel se destaca, também, em um novo ramo de atuação. No ar na novela ‘Terra e Paixão’, da Globo, interpretando o Pajé Jurecê, ele se define como um homem que valoriza, registra e compartilha memórias. Vencedor de prêmios nacionais e internacionais por sua obra literária, tais como Prêmio Jabuti (2004 e 2017); Prêmio da Academia Brasileira de Letras (2010); Prêmio Érico Vanucci Mendes; recentemente, concorreu a vaga de imortal da ABL, sendo derrotado por Ailton Krenak.
Membro-fundador da Academia de Letras de Lorena-SP, cidade em que reside desde 1987. Foi cofundador da primeira livraria online especializada em livros de autores indígenas e promove há 20 anos o Encontro de Escritores e Artistas Indígenas no Rio de Janeiro em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).
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