Programação da Faixa de Cinema marca os 133 anos da abolição da escravatura

Em 13 de maio de 2021, a abolição da escravatura no Brasil completará 133 anos. Para marcar a data, a Faixa de Cinema exibe, nas próximas sextas, dois filmes que fazem um convite à reflexão sobre a liberdade, os direitos humanos e as tradições culturais. No dia 14, às 23h, a Faixa exibe Cartas de Maio, de Joyce Prado. No dia 21, às 23h, é a vez do documentário A Rainha Nzinga Chegou, das diretoras Júnia Torres e Isabel Casimira.

Cartas aos ancestrais
Abrindo o “Tributo à Liberdade” da Faixa de Cinema, “Cartas de Maio”, da diretora paulistana Joyce Prado, um projeto de websérie que registra a leitura de cartas de brasileiros afrodescendentes aos seus ancestrais. São relatos de negras e negros que falam de suas memórias, de suas resistências, de seus pertencimentos e dos caminhos que ainda hão de ser percorridos na luta cotidiana para que as gerações futuras possam se libertar de fato. Cada carta ajuda a evidenciar como nos dias de hoje o pensamento escravocrata ainda está presente no Brasil, colocando em xeque o abismo social entre brancos e negros.

A diretora Joyce Prado é fundadora da Oxalá Produções. No currículo, assinou a direção de três curtas metragens e do longa “Chico Rei entre nós”, documentário gravado em Ouro Preto que foi premiado na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo. Formada em Comunicação Social, trabalhou em roteiros e produções de outros títulos.

Rainha da resistência
“A Rainha Nzinga Chegou”, de Júnia Torres e Isabel Casimira, é um registro documental que levou cerca de 16 anos para ser finalizado. A obra fala sobre o reinado das Rainhas Conga, hoje representado por Isabel Casimira Gasparina, a Belina, que também assina a direção do documentário. O filme faz o resgate de três gerações de rainha, incluindo a travessia do Brasil, pelos descendentes da rainha às terras da mítica Nzinga.

Júnia Torres é documentarista, produtora cultural e antropóloga. Integrante da Associação Filmes de Quintal, organizadora do forumdoc.bh. Isabel Casimira é rainha de congo da Guarda de Moçambique Treze de Maio e rainha da Federação dos Reinados do estado de Minas Gerais. Participou do projeto Retrato, Substantivo Feminino, com exposição no SESC Ipiranga em São Paulo e em Paris em 2015.

Programação do “Tributo à Liberdade”

14/5 – “Cartas de Maio”, de Joyce Prado
21/5 – “A Rainha Nzinga Chegou”, de Júnia Torres e Isabel Casimira

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