Especial “Realizadores Negros”, na Faixa de Cinema, traz obras dirigidas por cineastas negros

Créditos: Arão da Silva / Pedro Semanovschi / Caio Deziderio e Christian Pelegrini / Moema Pascoini e Eduardo Freire / Ana Julia Travia

Filmes que retratam a história, o universo cultural, os estigmas sociais e o preconceito são retratados em cinco curtas produzidos por cineastas negros, na Faixa de Cinema desta sexta (27), às 23h. O especial “Realizadores Negros” exibe obras que compartilham as memórias e perspectivas da população negra. O programa vai exibir As obras “Di cumê, trabalhar e rezar: cantos de trabalhos e pregões na quarentena”, de Fabinho Santinho, “O velho rei”, de Ceci Alves, “Pele de monstro”, de Barbara Maria, “Caixa D’água: qui-lombo é esse?”, de Everlane Moraes, e “Outras”, de Ana Julia Travia.

Filme “Di cumê, trabalhar e rezar: cantos de trabalhos e pregões na quarentena”, do educador Fabinho Santinho, é uma grande obra musical. O diretor, garoto negro da periferia de Embu das Artes, em São Paulo, narra sua própria visão da pandemia por meio do canto dos trabalhadores urbanos e rezas de sua família.

Já o curta “O velho rei”, da cineasta Ceci Alves, traz como protagonista o ator Antonio Pitanga, interpretando Climério. O personagem, com uma câmera sempre nas mãos, grava tudo o que está à sua volta a pedido da filha Cleonice, que mora fora do país. A figura paterna busca contar histórias que vêm através das memórias do passado e o encantamento com o presente, no qual encontra sua feliz liberdade na frente dos olhos da filha.

O documentário “Pele de monstro”, de Barbara Maria, faz uma analogia entre o racismo e os filmes de terror da década de 60. A obra traz depoimentos de estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora, que relatam como encaravam os estereótipos pelos quais eram tratados, revelando o universo perverso do preconceito.

O curta “Caixa d’água: qui-lombo é esse?”, de Everlane Moraes, apresenta relatos de antigos moradores e acervos fotográficos de um quilombo sergipano que se mantém em meio à urbanização, além de mostrar as iniciativas da comunidade para preservar a cultura negra.

Já o filme “Outras”, de Ana Julia Travia, mostra o cotidiano de famílias brasileiras inter-raciais, em geral com mães brancas e pais negros, e os traumas que foram submetidas as filhas vítimas do racismo.

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