Contagem é tema de série documental na Faixa de Cinema desta semana

Crédito: Arquivo Move Cultura

Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é conhecida pelo parque industrial. Entretanto, a cidade abriga belos lugares, pessoas, arte e cultura. Grande parte dessa riqueza é revelada na série documental “Contagem do Tempo”, de Rafael Aquino. Dividido em sete episódios, a obra é exibida na íntegra, pela primeira vez na TV, na Faixa de Cinema desta sexta (9), às 23h.

Idealizada pela Associação Move Cultura, que realiza projetos culturais e sociais, “Contagem do Tempo” nasceu do olhar afetivo sobre a cidade. O diretor Rafael Aquino, um dos fundadores da associação e também cientista social, fala sobre o patrimônio e as belezas do município. “Quisemos mostrar a importância desse bem”, diz. A percepção de Aquino sobre o lugar é um dos diferenciais da série, já que os avós do diretor foram alguns dos primeiros moradores do tradicional bairro Eldorado, onde sua família cresceu.

As histórias e os lugares que aparecem na série convidam o público a conhecer Contagem através de perspectivas diferentes. Além da tradicional Comunidade Quilombola Arturos, a produção mostra lugares como o Parque Fernão Dias, uma das maiores áreas verdes urbanas da RMBH, e a Casa dos Cacos, patrimônio municipal que foi equiparada à Capela de Ossos, em Portugal, e as criações do espanhol Galdí. Curiosidades é que não faltam na obra, que ainda revela sobre a antiga lagoa do bairro Eldorado, que contava até com um trampolim destinado ao lazer da população.

Além de historiadores e pesquisadores, a série deu voz para os moradores de Contagem. Em cada episódio, o próprio povo pôde visitar as memórias e narrar o passado com um olhar único, reforçando assim o sentimento de pertencimento ao espaço. “Eu me lembro, ainda criança, quando Contagem não tinha quase nada, que a gente reunia o pessoal, as crianças e as senhoras para ir limpar a igreja, capinar em volta dela, para que pudéssemos fazer os nossos desfiles”, contou o conhecido morador Zé Bengala sobre a antiga Capela do Rosário, construída pelos Arturos e demolida na década de 1970. O funcionário do parque Fernão Dias, Horácio Barros, também lembra as histórias do local, que chegou a receber três mil pessoas em um fim de semana. “Apesar de sempre estar cheio, não acontecia problema”, diz.

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