“Conexão Juventudes” traz documentários com histórias inspiradoras sobre educação

Rede Minas foi selecionada para exibir filmes produzidos em Minas Gerais e outros quatro estados por meio do projeto Conexão Juventudes, do Instituto Unibanco

“Onde aprendo a falar com o vento”, de André Anastácio Gomes e Victor Dias dos Santos

Como vivem os jovens no Brasil e quais os desafios que enfrentam para além dos muros das escolas? Questões importantes que ficam de fora da grade escolar são apresentadas em documentários do projeto “Conexão Juventudes”, do Instituto Unibanco em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi). Os filmes, inéditos na TV, e que expõem a dura realidade que permeia o universo juvenil, serão exibidos na Rede Minas, a partir de sábado (04/06), às 11h30. Confira a programação completa abaixo.

Questões como preconceito, violência, evasão escolar, acesso à tecnologia, imigração e culturas afro-brasileiras e indígenas são abordados nos enredos. Ao todo 54 produtoras se inscreveram no edital. Seis obras de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte foram selecionadas e ganharam um aporte de R$ 130 mil. Os documentários foram selecionados por uma comissão composta pelos cineastas João Jardim, João Moreira Salles e Val Gomes, além de Tiago Borba, gerente de Planejamento e Articulação Institucional do Instituto Unibanco; Mauro Garcia, presidente da Brasil Audiovisual Independente (Bravi); e Eliane Costa, coordenadora do MBA Bens Culturais: cultura, economia e gestão, da Fundação Getúlio Vargas.

A produção começou em março de 2021 e contou com a mentoria de João Jardim, que assinou filmes e minisséries de sucesso, e a diretora e editora Márcia Medeiros, que atuou em programas e séries de televisão, além de documentários e videoclipes. Como parte do prêmio, os realizadores vão ter seus filmes exibidos na Rede Minas e em outras cinco emissoras educativas. Os filmes vão ar na programação durante seis sábados, a partir de junho, antes de passarem por festivais ou salas de cinema.

Confira a programação – “Conexão Juventudes

Sábado, às 11h30

  • 4/6 – “Onde aprendo a falar com o vento”, de André Anastácio Gomes e Victor Dias dos Santos;
  • 11/6 – “Contraturno”, de Larissa Fernanda Santos e Deivid Rodrigues;
  • 18/6 – “DesConectados”, de Márcio Bigly;
  • 25/6 “Antes do livro didático, o cocar”, de Rodrigo César Cortez de Sena;
  • 2/7 – “Adolescer”, de Gustavo Pimenta Moraes;
  • 9/7 – “Terremoto”, de Gabriel Martins Alves.

Estreia mineira

A manifestação religiosa afro-brasileira “Reinado” ainda sobrevive no Brasil. Em Oliveira, na região centro-oeste de Minas Gerais, os jovens assumem a responsabilidade de manter a tradição com o “Reinadinho”. Uma cultura forte que nasceu do povo que veio escravizado para o Brasil e que passa, muitas vezes, despercebida pelas escolas. Os cineastas André Anastácio de Oliveira Gomes e Victor Dias dos Santos fizeram um convite para os estudantes pensarem tanto a escola, como o Reinado, como espaços de educação. O resultado rendeu o documentário “Onde aprendo a falar com o vento”. A obra mostra a cultura afro-brasileira que ficou de fora da sala de aula e lançou questionamentos sobre o que a história registrou. Tudo isso embalado pelo entusiasmo juvenil que almeja a inclusão de um passado ignorado pelos livros e a manutenção de saberes e tradições em extinção. O filme mostra o racismo a que estão expostos e coloca em discussão a herança dos colonizadores europeus na educação, que excluiu saberes e conhecimentos dos povos que viveram também história.

A produção do documentário envolveu os jovens do Reinadinho, de Oliveira, e a mestra dos saberes Capitã Pedrina de Lourdes. Além das gravações, foram realizados encontros e oficinas para amplificar as vozes e apresentar, da maneira mais genuína o pensamento, sentimentos e relação dos protagonistas com os saberes, filosofia, ciência e história de seus antepassados. A proposta foi traçar paralelos entre a relevância de saberes ancestrais e a ausência desses conhecimentos em espaços formais de educação, expondo a falta de representatividade negra nas escolas. A direção é de Victor Dias, que já tem no currículo outros quatro títulos, e o artista plástico André Anastácio. O documentário é realizado pela Apiário Estúdio Criativo, de Belo Horizonte (MG). A produtora já lançou filmes premiados exibidos em mais de 40 festivais nacionais e internacionais.

Comentários

  • Por Adriano Luiz Reis - em Responder

    Infelizmente o site da Rede Minas estava fora do ar, e nós que assistimos a programação pela Internet não assistimos ao documentário. A Rede Minas tem que reprizá-lo. Obrigado

    • Por Rede Minas - em Responder

      Boa tarde, Adriano. Por conta de um rompimento de fibra ótica na região, nosso site ficou indisponível durante um período desse último sábado. O acesso foi restabelecido no início da noite. No momento, não há previsão de reapresentação do filme exibido.

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